quinta-feira, 27 de março de 2014

PPS Diz Não ao Marco Civil da Internet





Agora pela manhã, li em Plenário Nota em que esclareço por que o PPS foi o único partido a orientar sua bancada a votar contra o Marco Civil da Internet

Assista aos Videos:
PPS explica porque disse não ao Marco Civil da Internet.

PPS Vota Nâo ao MCI

Esclarecendo o MCI - Marco Civil da Internet - Segundo Gravataí Merengue.

Marco Civil: se você está comemorando, é porque não leu o texto aprovado

Publicado em março 27th, 2014
Escrito por: Gravatai Merengue

Texto a quatro mãos, com o amigo Penso Estranho.
marco civil Marco Civil: se você está comemorando, é porque não leu o texto aprovado
claro que todos eles querem sua liberdade, quem duvidaria disso?
Houve uma mobilização tremenda na web acerca do Marco Civil, verdadeira comoção internética para que todos apoiassem a aprovação do texto. Os partidos, de forma unânime, foram nessa onda. Ser contra esse texto – foi o que pareceu claro – seria como ser contra o país.
Bobagem. E vocês descobrirão a enrascada em que nos metemos. O lado ruim é ter de falar disso apenas DEPOIS do texto aprovado pela Câmara, mas a parte boa é que ainda passará pelo Senado. É preciso, desse modo, fazer pressão para que os senadores não entrem na conversa-mole.
Ou então, já que TODOS os partidos aprovaram, talvez para eles o Marco Civil seja um ótimo negócio. Ninguém estranhou que militância e parlamentares tivessem a mesma posição diante de um tema notadamente polêmico?
Mas vamos lá. E comecemos pela tão alardeada e comemorada “neutralidade da rede”, prevista no artigo nono e parágrafos:
Art. 9º O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.
§ 1º A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal, para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações, e somente poderá decorrer de:
I – requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações; e
II – priorização a serviços de emergência.
§ 2º Na hipótese de discriminação ou degradação do tráfego prevista no § 1º, o responsável mencionado no caput deve:
I – abster-se de causar dano aos usuários, na forma do art. 927 do Código Civil
II – agir com proporcionalidade, transparência e isonomia;
III – informar previamente de modo transparente, claro e suficientemente descritivo aos seus usuários sobre as práticas de gerenciamento e mitigação de tráfego adotadas, inclusive as relacionadas à segurança da rede; e
IV– oferecer serviços em condições comerciais não discriminatórias e abster-se de praticar condutas anticoncorrenciais.
§ 3º Na provisão de conexão à Internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão, comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados, respeitado o disposto neste artigo.(em todas as transcrições do texto aprovado, os grifos são nossos)
Então não vai poder discriminar ou diminuir o tráfego? CLARO QUE VAI! Desde que isso seja avisado e pactuado pelas partes. O que, considerando todo nosso sistema jurídico, é algo não só legítimo como até mesmo óbvio (não seria cabível uma lei PROIBINDO duas partes de realizar um contrato dentro das regras constitucionais de negociação de serviços e preços).
Contratante e contratado, portanto, tem todo o direito de estabelecer as condições de sua relação. É plenamente razoável, especialmente em busca de ajustar preços e condições, que as partes discriminem algumas especificidades do serviço objeto do contrato.
Circulou pela web uma imagem pintando um quadro de terror caso o Marco Civil não fosse aprovado, pois sem ele as operadoras poderiam contratar planos específicos, inclusive indicando sites que teriam velocidades menores ou de acesso mediante pagamento extra (algo que até hoje nunca foi feito). Pois é justamente o texto aprovado pelo Marco Civil que REGULA e PERMITE isso. Sim, as operadoras podem, mediante contrato e seguindo os termos estabelecidos pelo artigo 9º e parágrafos, realizar essa discriminação nos serviços.
Ou a militância é excessivamente burra, ou não leu o texto aprovado ou tem a mais inescapável má-fé. Na prática, não mudou nada, pois o atual Código de Defesa do Consumidor já veda esse tipo de coisa (desde que não haja previsão em contrato).
Quanto ao mais, vale esclarecer: o CGI (Comitê Gestor de Internet) será “ouvido”, ou seja, terá função consultiva e não decisória (o que também é óbvio, mas a militância tenta passar ideias equivocadas acerca disso). Não haverá poder de veto nem nada do tipo. Na prática, trocam documentos de “sugestão” e fim de papo.
E essa consulta será feita quando da regulamentação da lei pela Presidência da República, ocasião em que serão dispostos os termos de PERMISSÃO da discriminação e diminuição da velocidade (ou seja, a não-neutralidade da lei mediante contrato). As operadoras, portanto, incluirão cláusula ou parágrafo explicando como isso se dará e tudo será permitidíssimo.
Também não contaram isso a vocês, né? Pois agora segurem o PACOTAÇO que vem de carona com a “neutralidade”.
As barbaridades já começam no segundo artigo do projeto de lei:
Art. 2º A disciplina do uso da Internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de expressão, bem como:
I – o reconhecimento da escala mundial da rede;
II – os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania em meios digitais;
III – a pluralidade e a diversidade;
IV – a abertura e a colaboração;
V – a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
VI – a finalidade social da rede.
A tara esquerdista pelos “direitos humanos” (não os reais, aqueles elencados na Declaração Universal da ONU, mas os que embasam a luta ideológica da esquerda e que excluem, entre outras categorias de seres humanos, os reaças, policiais etc.), pelo “exercício da cidadania” e pela “finalidade social” parece coisa inocente, mera perfumaria para agradar os corações mais sensíveis. Ledo engano.
Como não há letra morta na lei, essas expressões são o ponto de partida para movimentos sociais, ONGs defensoras de gêneros, etnias, orientações sexuais e “excluídos” em geral intentarem ações contra provedores, sites, blogs, perfis de redes sociais e qualquer outro gerador de conteúdo que, no entendimento desses grupos, não esteja usando a internet de acordo com tais diretrizes, agora expressas em lei.
A internet, que deveria ser uma ferramenta para o pleno exercício da liberdade de expressão, quando é “aprimorada” pelos progressistas mostra, já no início do seu “marco civil”, suas garras contra o que não seja o pensamento dominante.
Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de Internet de que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de comunicações privadas, devem atender à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas.
§ 1º O provedor responsável pela guarda somente será obrigado a disponibilizar os registros mencionados no caput, de forma autônoma ou associados a dados pessoais ou outras informações que possam contribuir para a identificação do usuário ou do terminal, mediante ordem judicial, na forma do disposto na Seção IV deste Capítulo, respeitado o disposto no artigo 7º.
§ 2º O conteúdo das comunicações privadas somente poderá ser disponibilizado mediante ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, respeitado o disposto nos incisos II e III do art. 7º.
§ 3º O disposto no caput não impede o acesso, pelas autoridades administrativas que detenham competência legal para a sua requisição, aos dados cadastrais que informem qualificação pessoal, filiação e endereço, na forma da lei.
Quem pode sentir segurança quanto à inviolabilidade de seus dados diante de uma expressão tão genérica quanto “autoridades administrativas que detenham competência legal para sua requisição”? Agora, imaginem essa “autoridade administrativa”, que porventura considere seu blog, site, perfil de twitter ou facebook contrário à “finalidade social da rede”.
Esse cara aí, um progressista cheio de boas intenções provavelmente, pode solicitar SEM ORDEM JUDICIAL sua qualificação pessoal, filiação e endereço. Vejam como o Marco Civil avançou… direto na jugular da sua intimidade!
Art. 13. Na provisão de conexão à Internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de um ano, nos termos do regulamento.
§ 1º A responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão não poderá ser transferida a terceiros.
§ 2º A autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderá requerer cautelarmente que os registros de conexão sejam guardados por prazo superior ao previsto no caput.
§ 3º Na hipótese do § 2º, a autoridade requerente terá o prazo de sessenta dias, contados a partir do requerimento, para ingressar com o pedido de autorização judicial de acesso aos registros previstos no caput.
Não é da conta de ninguém quanto tempo você ficou conectado na internet, que horas você costuma acessar a rede, qual o IP utilizado, etc, etc… certo? Não era. Se antes o armazenamento desses dados dependia de uma autorização expressa e pessoal (aqueles termos e condições de uso que você escolheu não ler para acessar logo o site ou aplicativo), agora você não precisa mais se martirizar pela displicência. O Estado obrigará os provedores de sistemas a armazenar tudo, por um ano.
Com o Marco Civil, você não precisa mais ler e aceitar os termos de condições. O Estado já fez isso por você.
“Ah, mas é só armazenamento, ninguém vai acessar isso como bem entender e, ainda assim, é só por um ano”, dirão os “empreendedores esforçados”, que tanto comemoraram a aprovação do Marco. Seria, não fosse a possibilidade de extensão desse prazo, mediante requisição de “autoridade policial ou administrativa”. Qual autoridade administrativa? Perguntará o incauto. Aquela definida por um decreto ou portaria do executivo, fique tranquilo.
Art 15. O provedor de aplicações de Internet constituído na forma de pessoa jurídica, que exerça essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos, deverá manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de seis meses, nos termos do regulamento.
§ 1º Ordem judicial poderá obrigar, por tempo certo, os provedores de aplicações de Internet que não estão sujeitos ao disposto no caput a guardarem registros de acesso a aplicações de Internet, desde que se tratem de registros relativos a fatos específicos em período determinado.
§ 2º A autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderão requerer cautelarmente a qualquer provedor de aplicações de Internet que os registros de acesso a aplicações de Internet sejam guardados, inclusive por prazo superior ao previsto no caput, observado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 13.
§ 3º Em qualquer hipótese, a disponibilização ao requerente, dos registros de que trata este artigo, deverá ser precedida de autorização judicial, conforme disposto na Seção IV deste Capítulo.
Os defensores mais extremados do marco civil, aqueles aferrados atavicamente à tutela estatal, ou mesmo aqueles que já vislumbram boas oportunidades (afinal, para dar conta destas novas obrigações e demandas, tanto as empresas quanto o poder público terão que contratar empresas, serviços, consultorias especializadas, adquirir novos equipamentos, enfim, uma rede de interesses e negócios nada neutra), ainda podem ter a cara de pau de dizer: “Ah, mas saber que horas eu acesso a internet ou quanto tempo eu fico conectado não me prejudica em nada”.
Então, o art. 15 veio para intervir e monitorar também o conteúdo de suas navegações, amigo internauta. Agora, todas as empresas provedoras de internet têm não só respaldo legal, mas a OBRIGAÇÃO de armazenar seu histórico de navegação por SEIS MESES. Pode apagar o histórico do seu navegador, abrir janela anônima, queridão, não vai adiantar. Seu provedor de internet não só estará guardando tudo (tudo bem, provavelmente ele já esteja fazendo isso hoje, graças ao “termo e condições de uso” que você não leu mas concordou), como estará amparado em lei para fazer isso.
As “autoridades policiais ou administrativas”, por seu turno, podem pedir a prorrogação desse prazo de armazenamento por mais tempo, caso você não esteja usando a internet para respeitar os direitos humanos ou desenvolver sua personalidade. Tudo feito com muita neutralidade…
Enfim
A essa altura, muitos de vocês não devem estar nada felizes com o texto aprovado. Na verdade, quase ninguém está. Vocês foram enganados e todos nós, gostando ou não do novo “Marco”, poderemos estar sob a tutela dessa péssima lei – caso seja aprovada pelo Senado.
Os felizes, raros, são aqueles que terão um novo mercado profissional com as obrigações geradas. Deixa eu adivinhar… Foram justamente eles que disseram ser essa uma boa lei, né? Dava para imaginar.
Para esses, o Marco Civil reservou um filé: recursos públicos. Vejam o que a Lei prevê como “Atuação do Poder Público
Art. 22. As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da Internet como ferramenta social devem:
I – promover a inclusão digital;
II – buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no acesso às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e
III – fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.
Art. 23. O Estado deve, periodicamente, formular e fomentar estudos, bem como fixar metas, estratégias, planos e cronogramas referentes ao uso e desenvolvimento da Internet no País.
Sabem o que significa “promover a inclusão digital”? Num país com as ideias no lugar seria fomentar a concorrência para diminuir preços e melhorar qualidade de serviços, viabilizar infraestrutura de transmissão de dados, dar segurança jurídica para investimentos de longo prazo.
No Brasil, a expressão significa: grupos de estudos, seminários, debates, simpósios, cartilhas, capacitações, tudo devidamente custeado com dinheiro público para ensinar o “cidadão” a ser “digitalmente incluído” (sempre respeitando os direitos humanos e desenvolvendo sua personalidade, não podemos esquecer).
Esses dois artigos são sob medida para financiar mais um braço de doutrinação cultural, com o nome fantasia de “promoção da cidadania”.
Enfim, LEIA o projeto de lei aprovado pela Câmara, tire suas próprias conclusões, não caia na conversa dessa militância que se diz em favor de “direitos”, especialmente quando TODOS os partidos da Câmara concordam com essas “liberdades”.
Lembremos todos de fazer pressão quando o projeto chegar ao Senado. Em caso de dúvidas, peça para o militante que o convenceu a apoiar o Marco Civil que explique os artigos comentados neste post.
E espere sentado.

terça-feira, 25 de março de 2014

Lutar nunca sai de moda! PCB/PPS 92 anos


O PCB/PPS completa, neste 25 de março, 92 anos de existência dedicados, principalmente, à causa da luta dos trabalhadores e àconquista e ao aperfeiçoamento da democracia no país. A legenda, que passou a se chamar Partido Popular Socialista em 1992, emitiu nota para comemorar o aniversário.

O texto, assinado pelo presidente nacional, deputado federal Roberto Freire (SP), reafirma o compromisso do PPS “com a democracia como valor universal e o caminho para enfrenarmos os enormes desafios que a sociedade do conhecimento impõe”.

luta com a cidadania por uma sociedade mais justa e mais fraterna, diz a nota, também é prioridade do PPS, que defende reformas permanentes nas esferas da economia e do Estado.

Leia, abaixo, a íntegra da nota.

Nota comemorativa dos 92 anos do PCB/PPS

Partido Comunista Brasileiro, PCB, que neste 25 de março completa 92 anos, nasceu sob o influxo da Revolução Russa de 1917, que marcou o fim do século XIX e abriu a possibilidade de uma grande transformação mundial com o advento de uma nova conformação política e de um novo Estado, formado a partir da lógica e dos interesses dos trabalhadores do campo e da cidade.

No Brasil, particularmente, é na década de 20 que o envolvimento daclasse média e do movimento operário, sobretudo, começa a projetar um novo desenho de sociedade para uma República que já nasceu velha, comprometida com as antigas oligarquias que comandavam todo o processo político no país, com seu domínio patrimonialista, sobretudo nas questões referentes ao governo, qualquer que seja seu nível. Assim como estendeu sobre o mundo do trabalho a sombra de mais de 300 anos de escravidão que servira de base à forma de produção dominante do país.

É esse pesado legado de um passado que oprimia a cidadaniabrasileira que, por meio das diversas organizações de trabalhadores, faz surgir o PCB como força política e organizadora deste, que coloca pela primeira vez, no país, a questão do partido como representante de uma classe específica, com sua particular concepção de mundo, de economia e de Estado.

Seis meses depois de seu surgimento tem seu registro cassado, colocando em evidência o caráter autoritário do Estado brasileiro e de suas classes dominantes que não toleravam a organização autônoma dos trabalhadores. Tendo que atuar na clandestinidade, onde passougrande parte de sua história, teve que enfrentar a violência policial e as dificuldades inerentes a ser um partido que preconizava uma nova ordem de coisas, para uma sociedade acossada pela exclusão que lhe impunha nossa peculiar forma de organização social.

E mesmo assim, por cima de todas as dificuldades impostas, com o concurso de milhares de trabalhadores do campo e da cidade, intelectuais, e de segmentos da classe média, o PCB deu uma contribuição valiosíssima à luta pela democratização do país, de uma concepção de desenvolvimento econômico de caráter nacionalista, que teve na industrialização, a chave para superarmos nossa histórica situação colonial e da participação da cidadania na construção de um novo tipo de Estado.

Como ficou evidente, por exemplo, na resposta do PCB ao golpe militar de 64, que ao contrário dos diversos grupos de esquerda que adotaram a luta armada como via privilegiada para combater a ditadura, em seu VI Congresso, realizado em 1967, em condições de rigorosa clandestinidade, o PCB buscou o caminho da organização da sociedade civil e alargamento do processo democrático, via participação nos movimentos sociais e integração ao MDB, o partido de oposição à época, para derrotá-la, estratégia que se revelou correta e vitoriosa.

É esse legado de lutas, comprometido com as causas mais fundas de nosso povo, que o Partido Popular Socialista herdou depois de 1992, quando em seu X Congresso o PCB assume novo nome, nova forma e nova perspectiva, mas sem perder sua história, que se abre para o século XXI mais revigorado na luta pela democracia como o caminho privilegiado de mudanças estruturais da sociedade e do Estado, sem as ilusões (politicas e ideológicas) que o tempo histórico revelou equivocadas.

Ao comemorarmos o nonagésimo segundo ano da fundação do PCB, nós que fazemos o PPS, reafirmamos nosso compromisso com a democracia como valor universal e o caminho para enfrentarmos os enormes desafios que a sociedade do conhecimento impõe. Da mesma forma que reafirmamos nosso compromisso com a luta da cidadania por uma sociedade mais justa e mais fraterna, como resultado de reformas permanentes nas esferas da economia e do Estado. Assim, seremos dignos do legado que recebemos e das lutas que temos que travar!

Brasília, 25 de março de 2014.

Roberto Freire

Presidente nacional”

quinta-feira, 13 de março de 2014

Curso de Formação Politica Gratuito!



Estão abertas as Inscrições para a Terceira Turma do Curso de Capacitação Política Básica:FAP/PPS. O Curso começa em Maio de 2014.

Informações no Link: http://pt.scribd.com/doc/207508680/CURSO-DE-FORMACAO-POLITICA-BASICA-APRESENTACAO-TERCEIRA-TURMA

Inscrição no Link: http://curso-fap.eaduc.com/

quarta-feira, 12 de março de 2014

Serie: Mulher Brasileira !

Brasileira, nordestina, cearense... mulher!


                Meu nome é Maria, Josefina, Francisca, Rita...Acordo todos os dias disposta a construir o futuro do meu país. Mas hoje foi complicado, os hormônios confusos tentaram me derrubar, me deixaram frágil demais, indefesa demais, desesperançosa demais. A modernidade chama isso de TPM, que seja. E quão difícil é sair da cama para enfrentar o mundo quando tudo que eu gostaria era permanecer nela, no conforto e na proteção dessas paredes que me cercam.
            Só que minhas amigas, definitivamente não sou uma MULHER que desiste fácil.  Sou Nordestina arretada e TPM nenhuma vai me tirar à força e disposição de levantar e lutar por aquilo que eu acredito.
            E eu acredito que mereço sim ser remunerada de forma igual a qualquer homem desempenhando as mesmas funções. Não aceito sofrer nenhum tipo de assédio, seja moral ou sexual. CHEGA!!! Não sou objeto sexual para ser explorada pela mídia para promover um país, que de verdade me envergonha quando age assim. Tenho cérebro além de bunda...e por aí vai. Sou da terra que a mulher é guerreira e que lida com o animais e a agricultura para ajudar no sustento do seu lar. Que acorda cedo todos os dias para lutar pelo melhor pra ela e para aqueles que ama. Por que não ser reconhecida como tal?
            Ainda temos muito que lutar pela igualdade de gêneros nesse país machista. Que vende nossa imagem como seres frágeis e fáceis. Perdoe-me se alguma de vocês queridas se conformam com isso. Eu não vou me calar. Jamais me calarei diante dessa situação injusta e ridícula que nos colocam. Nesse lugar eu não ficarei. Eu mereço e serei respeitada como pessoa. 
            Eu opto por ajudar com minhas próprias mãos a mudar o rumo dessa história. Opto por não permitir que essa tal de TPM me derrube e me deixe de cama. Minha força, minha disposição e acima de tudo minha vontade de está em um país, um estado e uma cidade que valorizem e respeitem a mulher que eu sou é maior que tudo isso.
Coragem é o meu sobrenome. Hoje quando acordei pensei em desistir de muitas coisas, a exaustão mental era maior que tudo. Agora, enquanto escrevo esse texto, eu reafirmo que sou a arquiteta do meu futuro, e eu não vou desistir de fazê-lo melhor a cada dia.
       Eu sou à força de uma nação. Sou a fortaleza da minha família. E sou sim a personificação da esperança num amanhã melhor.
              Muito prazer, meu nome é MULHER!

Homenagem ao dia Internacional da Mulher.
Karla Leiticia Ramos - Coord. de Mulheres - PPS Ce 


terça-feira, 11 de março de 2014

Reunião do Diretório Nacional da JPS Brasil

   Sr. (a) Presidente,

        Viemos por meio desta informa-los que nos dias 29 e 30 de Março, ocorreráem Brasília a Reunião do Diretório Nacional da Juventude - JPS Brasil. Solicitamos que nos estados onde não existe JPS organizada, o presidente estadual nos envie um oficio com o nome do jovem indicado pelo estado como representante ao Conselho Nacional de Estados com o CNM - Cadastro Nacional de Militância  (em anexo). Lembramos que o representante indicado deve ter de 15 à 29 anos.

       Onde houver JPS organizada a indicação caberá ao diretório/comissão provisória da mesma, com o mesmo prazo e condições. 

        Os ofícios devem ser encaminhados ao Email jpsbrasil23@gmail.com  até o dia 20/03, para que possamos viabilizar hospedagem e alimentação para os participantes do encontro. Ressaltamos que as passagens dos representantes estaduais, ficam a cargo de cada estado.

Estamos a disposição para maiores esclarecimentos. 

Coordenação Nacional JPS Brasil. 

sábado, 8 de março de 2014

Serie: Mulher Brasileira!

8 de Março Dia Internacional da Mulher
                          Reconhecimento não, Respeito!


Não compreendo os modos e muito menos as justificativas para que ainda em pleno século XXI nós mulheres sejamos dignas de RECONHECIMENTO.     Parece até que temos que atemporalmente rogar para que sejamos enxergadas para aí sim termos o passaporte para a Vida e o convívio plural nos  mais diversos segmentos da sociedade.
Não aceito esses feitios insistentemente pejorativos em que o universo feminino é moldado ou tratado. Ainda que o machismo tenha abrigo também no seio feminino, pulsa no pensamento de mulheres como eu, a latente vontade de ser RESPEITADA.
Respeitada independentemente das minhas escolhas, se ando com a saia curta ou totalmente coberta,  se me pinto exageradamente ou se ando de cara lavada, se ganho dinheiro com as minhas curvas ou com os diplomas da fotografia.
Quero  ser simplesmente  RESPEITADA e não RECONHECIDA.Temos predicados mais que suficientes para vivermos sem a hipócrita necessidade de provar do quanto somos capazes.

               Nota: Às mulheres do Brasil e em especial às mulheres da JPS e PPS que compartilham comigo não somente estas siglas , mas o sonho de um país mais digno para todos independemente do gênero e de suas prerrogativas.



                                                       Karla Sousa Pereira

Coordenadora Nacional de Mulheres da JPS

Serie: Mulher Brasileira !

DIA 8 DE MARÇO DIA DA MULHER NEGRA TAMBÉM

No dia 8 de Março raramente somos reconhecidas como mulheres,  que como todas as outras devem ser homenageadas nesse nosso dia, nas propagandas vemos mulheres negras?  Não somos mulheres também?
Ser mulher não é uma coisa só,  ser mulher é ter múltiplas faces e realidades distintas.  Então se 8 de Março não é dia somente da mulher branca e porque ainda todas as mulheres são representadas pela figura da mulher branca padrão?
Chegou a hora de lembrar que o dia 8 de Março é dia das jovens mulheres, e todas mulheres negras também.
"Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas." (Audre Lourde)


Gisele Souza

União da Juventude Brasileira

Serie: Mulher Brasileira!



       

       Bem, escrever nunca foi algo fácil, sempre tive aquela dificuldade em me expressar por meio das palavras. Talvez seja por isso que escolhi cursa uma faculdade na área das exatas. Mas a cada dia que passa escrever ou até mesmo um comentário sobre as lutas traçadas por mulheres tem se tornado algo prazeroso e produtivo. Por todo dia sair na mídia alguma notícia escandalosamente cruel sobre o que o machismo vem fazendo com as nossas mulheres.
       E aí, vem aquela pergunta: ‘’ Por que ser feminista? Por que ir contra a sociedade que dita padrões?’’  E com essas indagações diárias vem a revolta constante, a raiva, a fúria, a vontade de mudar as coisas num piscar de olhos. Acompanhada de uma dose de pena. Pena, o pior sentimento que existe. Pena por ver o quanto precisamos melhorar enquanto seres humanos.
E nesse dia 08 de março de 2014, é o Dia Internacional da Mulher, o dia que todos se juntam para prestigiar as mulheres. O dia em que todos os erros são jogados para debaixo do tapete e tudo vira flores. Mas aí, surge aquela velha piadinha: “HOJE É O DIA DAS MULHERES, POR QUE TODOS OS OUTROS SÃO DOS HOMENS.” Realmente a população precisa de mais dias para os homens, talvez assim eles aprendam que machismo MATA!
       Com esse dia também vem a luta feminina, vem a dificuldade ter um espaço na sociedade, a dureza de ser mulher. Vale atentar que nós não gostamos dos discursos vitimistas, gostamos é de respeito, de ir à luta, da valorização do nosso papel na sociedade de mostrar o quanto também somos capazes. O quanto merecemos ter nosso salários igual a de qualquer homem, o quanto não surgimos da batalha!
E começamos a compreender o feminismo como uma forma de emancipação humana, direitos e deveres iguais. Lutar contra os padrões conversadores da sociedade vai além de uma frase de efeito, tem que ser palpável. Tem que ser um luta real, onde os avanços sejam vistos. Sem discursos floridos, precisamos de ação. Não queremos acordar com mais uma notícia de uma companheira morta por ciúmes. Queremos acorda com a notícia de que caminhar lado-a-lado seja algo essencial. Ser dona das nossas escolhas, das nossas vidas e do nosso corpo.
        Que esse dia 08 de março não seja mais uma mera data comemorativa, que ela seja o dia em que decidimos ser emancipadas, livres, felizes. Um feliz TODOS OS DIAS INTERNACIONAL DA MULHER!



Sarah Hannahe
JPS CE 

JPS Brasil - Serie: Mulher Brasileira!


                   


  A Juventude Popular Socialista para lembrar o Dia das Mulheres como o dia de muita luta divulgará a partir de hoje uma serie de textos de mulheres com as características da mulher brasileira: Batalhadoras, Femininas, com historico de lutas conquistadas e lutas sendo travadas, com o suor de quem vence uma guerra por dia em nome de princípios:  Igualdade, Respeito,Dignidade, se você conhece mulheres e homens que defendam esses princípios incentivem e enviem textos para o e-mail - jpsbrasil23@gmail.com os textos serão divulgados ao longo do mês, a ideia são textos sobre mulheres e suas faces de luta. Essa é a forma que a JPS Brasil encontra de mostrar uma visão plural e real do que é ser mulher brasileira. 
Quem trás no corpo essa marca...

08 de Março de 2014.
JPS Brasil